“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia.” Esta frase de William Deming traduz perfeitamente a importância dos indicadores para uma gestão eficaz. Em alguns projetos é fácil medir diretamente aquilo que se propõe a acompanhar. Por exemplo, um projeto que tem como objetivo reduzir o abandono escolar, pode monitorar o seu progresso através do número de jovens que abandonam a escola em um determinado período.
Mas, o que ocorre quando nos deparamos com temas subjetivos, como sustentabilidade e responsabilidade social? A construção de indicadores objetivos também é essencial para garantir o monitoramento do projeto a fim de se chegar a um impacto positivo.
A Importância de Indicadores em ESG
ESG, que significa Environmental, Social, e Governance (Ambiental, Social e Governança), é um conjunto de critérios que as empresas utilizam para avaliar seu desempenho nas questões de Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Governança.
A medição das ações de projetos em ESG é vital para assegurar que as organizações falem sobre responsabilidade e atuem de acordo com suas promessas. Sem indicadores claros e objetivos, torna-se impossível acompanhar as ações e saber se as políticas e práticas de ESG estão realmente funcionando.
Transformar o conceito subjetivo de ações ESG em indicadores objetivos proporciona diversas vantagens para o gestor. Primeiro, torna palpável aquilo que anteriormente era desconhecido. Segundo, porque permite que as empresas demonstrem de forma segura e transparente seu compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social. Além disso, identifica quais áreas necessitam melhoria, promovendo uma gestão mais eficiente, eficaz e efetiva. Por fim, fornece uma base sólida para a tomada de decisões estratégicas, com base em evidências, ajudando as empresas alcançarem o objetivo proposto.
Exemplo de construção de Indicador
Para ilustrar como transformar um tema subjetivo em um indicador objetivo, vejamos um passo a passo para a realização desta tarefa. Lembrando que pode parecer simples, mas exige uma série de conhecimentos que não serão tratados neste artigo.
Passos para Construção do Indicador:
- Entendimento da Dimensão: O primeiro passo é conceituar o que se deseja medir, ou seja, compreender o significado da dimensão proposta. Por exemplo, em um trabalho realizado na Compendium Data Science foi proposto medir a dimensão “Temos atitude de dono”. A grande questão é definir o que essa dimensão quer dizer. Nesse caso, utilizamos informações do branding da empresa para captar as informações desejadas. Importante ressaltar que uma dimensão pode ser composta por uma variedade de subdimensões, dessa forma será necessário conceituar cada uma delas.
- Definição das Subdimensões: O segundo passo é traduzir cada subdimensão como um único construto a ser medido, ou seja, após conceituarmos dimensão e subdimensão é necessário a construção de instrumentos que nos auxilie a medir esses construtos de forma objetiva. Exemplificando, se a dimensão “Temos atitude de dono” é composta por subdimensões: “Somos comprometidos com o trabalho”, “Nos preocupamos com a qualidade de nossos serviços” e “Resolvemos problemas proativamente” devemos procurar medir cada uma dessas subdimensões de forma única.
- Medição: Após a definição das dimensões e subdimensões, desenvolvemos métodos para medir cada uma delas através de perguntas de múltipla escolha. Aplica-se um questionário para os públicos a serem pesquisados de acordo com a estratégia construída.
- Cálculo do indicador: Nesta etapa são realizados testes estatísticos a fim de garantir a qualidade do instrumento e obter o resultado do indicador que irá auxiliar gestores a acompanhar, monitorar e avaliar seus projetos e ações com base em evidências.
- Público respondente: Por fim, importante ressaltar que cada dimensão pode estar relacionada a um determinado público. Ou seja, dada a dimensão, pode ser desejável saber a percepção dos colaboradores, de determinados stakeholders (interno ou externo) ou de ambos.
Desafios na Construção de Indicadores subjetivos
A construção de indicadores subjetivos, contexto no qual as empresas ESG estão, apresenta vários desafios. Primeiramente, a definição de cada conceito subjetivo é complexa, pois exige um esforço de autoconhecimento sobre o que se deseja medir.
Por outro lado, a coleta de dados precisa ser feita com muita transparência para que os resultados possam ser confiáveis. É necessária a aplicação de pré-teste(s) do(s) instrumento(s) construído(s) para que seja possível aperfeiçoá-lo.
Monitoramento e Relatórios
Uma vez definidos os indicadores, é preciso estabelecer um processo robusto de monitoramento e divulgação de relatórios, etapa fundamental para manter a confiança dos investidores e outras partes interessadas. Além disso, viabiliza a criação de ações de melhoria contínua de processos e projetos da empresa de acordo com cada um dos stakeholders envolvidos.
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Desenvolva seus indicadores
Lembre-se que desenvolver indicadores objetivos a partir de temas que são subjetivos, não é apenas uma necessidade para a gestão eficaz, mas também um passo vital para garantir a transparência e responsabilidade em áreas críticas como ESG.
Se você deseja aprofundar seus conhecimentos sobre como construir e implementar esses indicadores, entre em contato. Estamos aqui para ajudar sua organização a medir o que realmente importa e alcançar o sucesso sustentável.
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